Nem com uma entrevista-[prazer oral] este senhor consegue safar-se.
Sobre polícia, depois de apanhado em mais uma mentira, diz que ordenou que a PM faça detenções e também pediu à Ministra que altere a lei para o permitir. Ou seja, deu uma ordem ilegal.
Sobre o lixo diz que Bruxelas e Paris têm mais, mas “*há uma campanha política concertada de tirar fotografias na rua*”, malvados lisboetas a tirarem fotos que contradizem as mentiras do Presidente. O jornalista sugere-lhe culpar o Costa, ele morde, mas não consegue levar o raciocínio até ao fim e diz só que o modelo do Costa é complicado (mas antes dele funcionava, estranhamente). Ah, e “*que os ecopontos, muitas vezes, estão vazios e que as pessoas põem os sacos ao lado do ecoponto.*”. Lá estão os Lisboetas a causar problemas ao Presidente outra vez.
Quanto à degradação dos espaços públicos, diz que isso resulta de vários anos de falta de investimento e manutenção, não é só do tempo dele (o que é verdade), mas depois só fala do dinheiro que gastou a tapar buracos na estrada, como se os carros é que fossem cidadãos. Espaços verdes e mobiliário urbano, explicitamente referidos pelo jornalista, não merecem investimento.
Sobre a JCDecaux volta a meter os pés pelas mãos a dizer que o contrato foi adjudicado em 2018 e, portanto, estava tudo decidido e “*obviamente, como presidente da câmara, tenho que cumprir a lei*”, mas também “*aquilo que já fizemos foi retirar já muitos destes placards”*, e “*muitas vezes, em certas situações, pedimos à empresa para retirá-los em situações que não deveriam estar. Já mandámos parar todos os grandes formatos*”. Portanto tinham as mãos atadas e não podiam mudar nada desde que a JCDecaux em 2018 até ao momento em que assinaram o contrato em 2022, mas agora que já estão no terreno já não é preciso cumprir a lei e podem retirar-se todos e até se descobriram uns que estavam ilegais, oh my.
Sobre andar a atribuir casas feitas pelo Medina, perguntam-lhe quantas feitas por ele é que conta entregar até ao final do mandato, e em vez de responder à pergunta lança-se numa tirada sobre o PS não ser dono das casas e diz que encontraram 2.000 casas vazias quando tomou posse e dessas “*fez*” 1.000 e entregou.
Sobre pessoas em situação de sem-abrigo, começa por apontar o dedo aos presidentes de junta que nunca querem os abrigos na sua freguesia (o que é um argumento válido) mas depois lança-se numa acusação completamente delirante de que *“as pessoas em situação de sem-abrigo tornaram-se, para alguma extrema-esquerda, quase um negócio*”, e que estão “*a manter as pessoas naquela situação como arma política*”. É sempre chocante ver a direita que promove a caridade como superior à solidariedade a apontar dedos acusatórios quem alimenta os sem-abrigo. Depois perde-se numa historieta bizarra e obviamente impossível de verificar de não o deixarem falar inglês com um bangadeshi, que ele ia resolver o problema, mas oh pá uma associação qualquer disse que devia ter um tradutor e por isso ele teve de deixar a pessoa na rua.
Sobre turistas apresenta uns números em que compara entradas e saídas de pessoas para trabalhar com entradas e saídas de Turistas, e que seriam perfeitamente razoáveis se a CML efetivamente soubesse quantos turistas entram em Lisboa por dia (ALs não-declarados não declaram turistas) e se nos focarmos no milhão de pessoas que entram por dia (mas vivem fora) e não no facto de, mesmo nos números dele, entrarem por dia em Lisboa como turistas 7% a 8% das pessoas que lá vivem. Isso não é pouco! Além disso, afirma que “*O turismo é 20% da nossa economia e são 25% do emprego da cidade*”, portanto temos 43 mil turistas a dar emprego a mais de 250 mil pessoas? Algo de errado não está certo. Também ataca o turismo de cruzeiros (com razão), É uma conversão no caminho de Damasco, porque o PSD ainda em 2019 punha nos seus programas eleitorais “Reforçar o papel de Portugal nas rotas de cruzeiros”, mas ok, antes tarde que nunca.
Finalmente, sobre carros, lamenta que “*todos os anos, vamos tendo mais carros*”, como se isso fosse uma lei na física e não uma consequência das políticas de mobilidade nacionais e municipais, culpa o google maps pelo transito, diz que há TVDE a mais, gaba-se que “*havia mais de 18 mil trotinetas, hoje são 8 mil*”, e é isso. Zero ideias sobre mobilidade além de reafirmar, implicitamente, que os carros são naturais e inevitáveis. Ah, minto, há uma exceção: diz que quer camaras a limitar o acesso à baixa só aos residentes da baixa. Porque se há pessoas a viver nos kms2 do país com mais transportes públicos e acessos em geral, o importante é garantir que continuam não deixam de ter carro.
Enfim, uma vergonha de entrevista-candidatura em formato de “tabu” sobre a oficialização da candidatura. Muito “*mimimi*”, muito “*me me me*”, muita negação, poucas ideias, poucas soluções, pouca Lisboa.
SOCAGADA on
…se fosse apenas a extrema-esquerda……..
…o PS não é muito diferente.
…o PS navega constantemente com base em puxar para baixo o salário médio dos Portugueses, carregando a classe pseudo-média com impostos.
Dessa forma consegue puxar a classe média para a pobreza, criando inúmeros dependentes do Estado (por “estado” entenda-se PS…)
besmarques on
Moedas sacode a água do capote, episodio…
caraças, já perdi a conta..
pc0999 on
Que vergonha alheia.
Daqui a pouco diz que a “”extrema””-esquerda anda a devorar o cães e gatos das pessoas.
7 Comments
Qual é a novidade?
Nem com uma entrevista-[prazer oral] este senhor consegue safar-se.
Sobre polícia, depois de apanhado em mais uma mentira, diz que ordenou que a PM faça detenções e também pediu à Ministra que altere a lei para o permitir. Ou seja, deu uma ordem ilegal.
Sobre o lixo diz que Bruxelas e Paris têm mais, mas “*há uma campanha política concertada de tirar fotografias na rua*”, malvados lisboetas a tirarem fotos que contradizem as mentiras do Presidente. O jornalista sugere-lhe culpar o Costa, ele morde, mas não consegue levar o raciocínio até ao fim e diz só que o modelo do Costa é complicado (mas antes dele funcionava, estranhamente). Ah, e “*que os ecopontos, muitas vezes, estão vazios e que as pessoas põem os sacos ao lado do ecoponto.*”. Lá estão os Lisboetas a causar problemas ao Presidente outra vez.
Quanto à degradação dos espaços públicos, diz que isso resulta de vários anos de falta de investimento e manutenção, não é só do tempo dele (o que é verdade), mas depois só fala do dinheiro que gastou a tapar buracos na estrada, como se os carros é que fossem cidadãos. Espaços verdes e mobiliário urbano, explicitamente referidos pelo jornalista, não merecem investimento.
Sobre a JCDecaux volta a meter os pés pelas mãos a dizer que o contrato foi adjudicado em 2018 e, portanto, estava tudo decidido e “*obviamente, como presidente da câmara, tenho que cumprir a lei*”, mas também “*aquilo que já fizemos foi retirar já muitos destes placards”*, e “*muitas vezes, em certas situações, pedimos à empresa para retirá-los em situações que não deveriam estar. Já mandámos parar todos os grandes formatos*”. Portanto tinham as mãos atadas e não podiam mudar nada desde que a JCDecaux em 2018 até ao momento em que assinaram o contrato em 2022, mas agora que já estão no terreno já não é preciso cumprir a lei e podem retirar-se todos e até se descobriram uns que estavam ilegais, oh my.
Sobre andar a atribuir casas feitas pelo Medina, perguntam-lhe quantas feitas por ele é que conta entregar até ao final do mandato, e em vez de responder à pergunta lança-se numa tirada sobre o PS não ser dono das casas e diz que encontraram 2.000 casas vazias quando tomou posse e dessas “*fez*” 1.000 e entregou.
Sobre pessoas em situação de sem-abrigo, começa por apontar o dedo aos presidentes de junta que nunca querem os abrigos na sua freguesia (o que é um argumento válido) mas depois lança-se numa acusação completamente delirante de que *“as pessoas em situação de sem-abrigo tornaram-se, para alguma extrema-esquerda, quase um negócio*”, e que estão “*a manter as pessoas naquela situação como arma política*”. É sempre chocante ver a direita que promove a caridade como superior à solidariedade a apontar dedos acusatórios quem alimenta os sem-abrigo. Depois perde-se numa historieta bizarra e obviamente impossível de verificar de não o deixarem falar inglês com um bangadeshi, que ele ia resolver o problema, mas oh pá uma associação qualquer disse que devia ter um tradutor e por isso ele teve de deixar a pessoa na rua.
Sobre turistas apresenta uns números em que compara entradas e saídas de pessoas para trabalhar com entradas e saídas de Turistas, e que seriam perfeitamente razoáveis se a CML efetivamente soubesse quantos turistas entram em Lisboa por dia (ALs não-declarados não declaram turistas) e se nos focarmos no milhão de pessoas que entram por dia (mas vivem fora) e não no facto de, mesmo nos números dele, entrarem por dia em Lisboa como turistas 7% a 8% das pessoas que lá vivem. Isso não é pouco! Além disso, afirma que “*O turismo é 20% da nossa economia e são 25% do emprego da cidade*”, portanto temos 43 mil turistas a dar emprego a mais de 250 mil pessoas? Algo de errado não está certo. Também ataca o turismo de cruzeiros (com razão), É uma conversão no caminho de Damasco, porque o PSD ainda em 2019 punha nos seus programas eleitorais “Reforçar o papel de Portugal nas rotas de cruzeiros”, mas ok, antes tarde que nunca.
Finalmente, sobre carros, lamenta que “*todos os anos, vamos tendo mais carros*”, como se isso fosse uma lei na física e não uma consequência das políticas de mobilidade nacionais e municipais, culpa o google maps pelo transito, diz que há TVDE a mais, gaba-se que “*havia mais de 18 mil trotinetas, hoje são 8 mil*”, e é isso. Zero ideias sobre mobilidade além de reafirmar, implicitamente, que os carros são naturais e inevitáveis. Ah, minto, há uma exceção: diz que quer camaras a limitar o acesso à baixa só aos residentes da baixa. Porque se há pessoas a viver nos kms2 do país com mais transportes públicos e acessos em geral, o importante é garantir que continuam não deixam de ter carro.
Enfim, uma vergonha de entrevista-candidatura em formato de “tabu” sobre a oficialização da candidatura. Muito “*mimimi*”, muito “*me me me*”, muita negação, poucas ideias, poucas soluções, pouca Lisboa.
…se fosse apenas a extrema-esquerda……..
…o PS não é muito diferente.
…o PS navega constantemente com base em puxar para baixo o salário médio dos Portugueses, carregando a classe pseudo-média com impostos.
Dessa forma consegue puxar a classe média para a pobreza, criando inúmeros dependentes do Estado (por “estado” entenda-se PS…)
Moedas sacode a água do capote, episodio…
caraças, já perdi a conta..
Que vergonha alheia.
Daqui a pouco diz que a “”extrema””-esquerda anda a devorar o cães e gatos das pessoas.
oh Moedas, vai te catar
Não te vás tratar que não é preciso