> A tripla autoria da Estação Central da Beira (1957-1966), edifício projetado por João Garizo do Carmo (1917-1974), Francisco
José de Castro (1923-2016) e Paulo de Melo Sampaio (1926-1968), contribuiu para informar o complexo com as referências pessoais
dos seus autores, arquitetos empenhados na utilização do léxico e dos princípios do Movimento Moderno internacional.
> A edificação de um complexo com a escala da estação, na altura a maior infraestrutura ferroviária do território nacional e atualmente
um ex-libris da cidade, constituiu uma afirmação do relevo económico da Beira e dos Serviços dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes de Moçambique, nos âmbitos distrital, provincial, nacional e continental.
> Enquanto materialização da política de desenvolvimento do governo português a Estação Central da Beira representou o encontro de duas opostas utopias num empreendimento comum: os princípios, métodos e linguagens internacionalistas da arquitetura do Movimento Moderno com a política colonial nacionalista do regime do Estado Novo.
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> A tripla autoria da Estação Central da Beira (1957-1966), edifício projetado por João Garizo do Carmo (1917-1974), Francisco
José de Castro (1923-2016) e Paulo de Melo Sampaio (1926-1968), contribuiu para informar o complexo com as referências pessoais
dos seus autores, arquitetos empenhados na utilização do léxico e dos princípios do Movimento Moderno internacional.
> A edificação de um complexo com a escala da estação, na altura a maior infraestrutura ferroviária do território nacional e atualmente
um ex-libris da cidade, constituiu uma afirmação do relevo económico da Beira e dos Serviços dos Portos, Caminhos de Ferro e Transportes de Moçambique, nos âmbitos distrital, provincial, nacional e continental.
> Enquanto materialização da política de desenvolvimento do governo português a Estação Central da Beira representou o encontro de duas opostas utopias num empreendimento comum: os princípios, métodos e linguagens internacionalistas da arquitetura do Movimento Moderno com a política colonial nacionalista do regime do Estado Novo.
[Fonte](https://cdn.gulbenkian.pt/wp-content/uploads/2022/12/230724_FolhaSala_BeiraPT_CROP.pdf)
[Fonte da fotografia](https://www.uminho.pt/PT/siga-a-uminho/Paginas/Detalhe-do-evento.aspx?Codigo=54972)