Nella mia strada c’è una famiglia che sembra avere difficoltà ad adattarsi ad alcune abitudini e norme locali. Ogni giorno noto comportamenti molto diversi da quelli a cui siamo abituati qui. Ad esempio, il padre ha l’abitudine di sputare per terra di prima mattina, quando si entra in casa, cosa che non è comune né ben vista nella nostra comunità.

La figlia, intorno ai 10 anni, gioca spesso per strada con giochi rumorosi e agitati, cosa di per sé normale per i bambini. Tuttavia, alcune delle loro attività, come ballare imitando le tendenze dei social media, possono sembrare un po’ esagerate e finiscono per infastidire i vicini anziani. L’ho vista anche calciare un pallone contro auto parcheggiate in strada, cosa che potrebbe causare preoccupazioni in termini di danni.

Ciò che mi fa riflettere è come questi comportamenti, probabilmente normali nel contesto culturale da cui provengono, possano generare disagio in una cultura diversa. Il Portogallo dovrebbe offrire maggiore sostegno per aiutare i nuovi residenti a comprendere e integrarsi nelle abitudini locali? O è solo questione di tempo prima che le persone si adattino da sole?

Non voglio che questa riflessione sia vista come una critica diretta, ma piuttosto come un tentativo di capire come possiamo affrontare queste differenze culturali in modo più armonico.

Oggi mi sono imbattuto in questo poster xenofobo. Anche i portoghesi dovrebbero riflettere su questi atti.

Voglio continuare a vivere e lasciare vivere.

https://i.redd.it/sjaqsjhgh5td1.jpeg

di StatisticianOk3031

4 Comments

  1. Homunclus on

    Ver um estrangeiro fazer algo estúpido/nojento e concluir que deve ser normal na sua sociedade é uma forma de racismo.

    A filha a fazer o Twerk ou sei lá ok. Mas nenhuma sociedade civilizada considera cuspir no chão ou chutar uma bola contra carros comportamento normal.

  2. RezaJose on

    Nós não aprendemos.

    O fluxo migratório dos anos 90 não chegou para Portugal perceber que tem de ter várias estruturas a funcionar para receber quem a Portugal chamar seu país.

    Especificamente escolas e creches, cursos da língua Portuguesa, apoio administrativo para a ajuda à integração, etc

    Voltámos a cometer o mesmo erro, arriscando-nos a ser arrogantes como a Alemanha e a sua política do “orientem-se, mas sozinhos”

  3. Eu concordo em parte com o posicionamento de alguns portugueses em relação a nós brasileiros porque eu já passei por inúmeras situações similares no Brasil. Mesmo que a nossa cultura varie de Norte a Sul, essa aparente inaptidão em respeitar a cultura alheia ao se visitar mesmo um estado diferente aqui é marcante. O problema é que isso é normalizado mesmo, já vivi a mesma situação do OP aqui. Eu não consigo justificar o porquê de brasileiros que vivem no exterior serem inaptos a sequer respeitar ou se adequar à conduta local. Não é sobre xenofobia, é sobre respeito, e respeito tem que vir de ambas as partes para funcionar. O problema é que aqui é tão normalizado que muitos brasileiros iriam achar que o OP é só um preconceituoso. E pediriam o ouro de volta.

  4. ConfidentMongoose on

    Como acontece um pouco por toda a Europa ocidental, teremos que ser nós a nos adaptar às culturas dos migrantes, e não o contrário.

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